Greve de fome, quarto dia

Escola Portuguesa

Mais de uma centena de professores participaram hoje, em Viana do Castelo, numa manifestação de apoio ao colega Luís Sottomaior Braga, que iniciou às 00h00 de terça-feira uma greve de fome em defesa escola Pública.

O docente, que [ontem] recebeu assistência médica por ter sofrido uma quebra de glicemia, saiu da autocaravana onde está a realizar o protesto, instalada junto à escola secundária de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo, para agradecer aos colegas, dirigindo-lhes algumas palavras.

Luís Sottomaior Braga recebeu aplausos e palavras de incentivo dos professores que empunhavam um cartaz onde se lia: “Sr Ministro, trate bem os que ainda cá estão. Em coro, entoaram “Não paramos” e “Escola Unida jamais será vencida” e cantaram o hino nacional.

Em declarações aos jornalistas, sentado numa cadeira na tenda de campanha, montada ao lado da autocaravana e de cravo vermelho ao peito, o docente de 51 anos, disse aos…

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O MAIA vai ao Parlamento

Escola Portuguesa

Em vez de se recusarem em massa a produzir as grelhas maiatas, com a mesma vontade e energia que dedicam, e muito bem, aos protestos fora das escolas, os professores preferem confiar nos deputados da Nação para erradicar das escolas uma das maiores aberrações pedagógicas que algum ministério já produziu.

Claro que uma discussão parlamentar pode sempre ser clarificadora, colando o partido que suporta o Governo às más políticas que este leva a cabo, contra o parecer de quem as executa. E não deixa de ser interessante confrontar a retórica da “autonomia das escolas” com a posição de milhares de professores que, por imposição dos respectivos directores, estão a ser forçados a aplicar um projecto em que não acreditam e que, nas suas versões mais malignas, consegue ser um verdadeiro atentado à saúde mental dos professores, sobretudo dos que têm muitos alunos e poucos tempos lectivos semanais. E que, se…

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Primeiro de Maio sangrento

Escola Portuguesa

Há 40 anos atrás, o Dia do Trabalhador foi assim: o governo de direita liderado por Francisco Pinto Balsemão enviou a polícia de intervenção para o Porto, com ordem de agredir os trabalhadores que comemoravam, como habitualmente se faz em Portugal desde a Revolução de Abril, o Primeiro de Maio.

A violência foi completamente desproporcionada e gratuita: a manifestação tinha terminado, as esperadas provocações entre os adeptos da CGTP e da UGT foram minimizadas, mas os polícias traziam ordem para fazer sangue: pela noite dentro, correrias e cacetada à discrição pelas ruas do centro do Porto. Jornalistas, transeuntes, novos e velhos “apanharam como os outros”. Durante umas horas, reviveram-se no Porto os horrores da repressão policial dos tempos de Salazar e Caetano. No final uma centena de feridos e dois mortos: um homem alvejado pelas costas e um rapaz de 17 anos que estava a ver de longe e nem…

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Professor, a 3.ª Guerra Mundial já começou?

Magistral

Escola Portuguesa

Não deve haver neste momento um professor de História no activo a quem os alunos não tenham ainda questionado sobre o que está a acontecer entre a Rússia e a Ucrânia. Usando os conhecimentos que adquiriram sobre guerras passadas, tentam interpretar a catadupa de acontecimentos que alimentam a escalada imparável de um conflito que a todos inquieta. Ao contrário da imagem de alheamento e desinteresse pelo que os rodeia, que vulgarmente vem sendo associada às novas gerações, tenho visto entre os meus alunos muitos jovens interessados, inquietos e preocupados com o que parece ser, para já, a maior ameaça à paz europeia deste novo milénio.

Não estaremos no entanto, nem por sombras, à beira de nova guerra mundial. Os mecanismos de contenção estabelecidos desde o final da Segunda Guerra Mundial – que basicamente interditam a intervenção militar directa de uma superpotência onde outra já está envolvida – mostraram-se eficazes durante…

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Des – educar

Raquel Varela

A Fundação Belmiro de Azevedo publicou um estudo onde afirma que com melhores professores há melhores alunos. Na verdade esta foi a gorda que os jornais escolheram – se fosse o estudo, estaríamos mal – seria como afirmar que quem anda à chuva molha-se. A questão é como teremos melhores professores e como mudamos o cenário para uma escola pública de excelência para todos. Sobre isso a entrevista de Cláudia Azevedo, citada no ECO, é clara – automatizar ainda mais o processo educativo para um mercado automatizado. Vou explicar de forma simples mais uma vez: se eu ensino ciências fundamentais complexas e raciocínio abstracto e filosofia, eu consigo não só mexer num telemóvel como criar o telemóvel; andar de carro como criar um motor; ir ao jardim como desenhar uma cidade; ler um livro como escrever um livro. Se só ensinamos tecnologia do outro lado só se aprende a operar…

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